domingo, 16 de novembro de 2008
Filho do Homem negativo, eh eh eh!
Estávamos em 1995 e os Kussondulola lançavam o primeiro disco de reggae em português. Foi o que bastou para o angolano Janelo e companhia imortalizarem temas como Dançam no Huambo (muuuito groovie!), Perigrosa, Fizeram tudo, Guerrilheiro ("Assim como Deus fez a terra, Assim como Deus fez o mar..."), Jovem do Prenda, Naty dread looks (quem é que sabia o que era um "naty dread" à época?!) ou Assassineta.
Para os mais atentos, esta é a primeira vez que um registo reggae/dub toca por aqui. E não é à toa. É que hoje em dia o jah-babilónia-reggae torna-se por vezes insuportável. Por um lado, precisamente pelas letras não falarem de outra coisa a não ser do metafísico e, pior, banalizado, jah; por outro, porque a musicalidade ou é foleira, perto do pimba, ou então é de uma monotonia que é tiro certo para dormir.
Ora com este grande disco dos Kussondulola, o reggae surge-nos animado e altamente dançável, sem prescindir de momentos em que o dub dá um toque mais smooth. No que à lírica diz respeito, Janelo comunica com mensagens muito claras, muito terra a terra se quisermos. Bastante comoventes, por vezes. E diversas: consciência social e humanitária, alusões nostálgicas a Angola e África, celebrações do dia a dia, o Amor e a Mulher, entre outras.
Para os fans do reggae, em português ou não, este é um disco de grande valor. Não só pelo valor histórico e simbólico, mas também pela excelente música com que somos brindados. Pessoalmente, um disco de grande valor porque é a dançar que eu gosto de curtir reggae. Mas gostos são gostos!
P.S. - Há melhor cumprimento do que "Tá-se bem"? Para mim é quase uma filosofia de vida...
Dançam no Huambo
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