domingo, 30 de novembro de 2008

from and to the Soul



Os De La Soul actuam amanha no Casino de Lisboa depois de DJ Premier, Guru e Afrika Bambataa.
Para os menos conhecedores na matéria, nunca é demais dizer que passaram pelo Casino lisboetaalgumas das raízes do Hip Hop. Que provavelmente, e infelizmente, nunca mais vão voltar a pisar um palco português. Por motivos diversos acabei por não a ir nenhum. E quanto a amanha, ainda estou na dúvida.
Mas bem, de qualquer forma fica o meu grande, enorme, incomensurável tributo.

Dos De La Soul, o que dizer? Já os chamaram de poetas, loucos, intelectuais, psicadélicos, hippies, surrealistas, freaks, pacifistas e por aí fora. Posdnuos, Trugoy e Maseo aceitam tudo e rejeitam tudo. Gozam e divertem-se. Guardam tudo na sua muito própria Soul... e depois deitam-no cá para fora!
3 Feet High and Rising (1989), De La Soul is Dead (1991), Buhloone Mindstate (1993), pelo menos estes três, figurarão em qualquer top dos melhores discos da história do Hip Hop. Ainda assim, a sua qualidade não se resume ao hip hop: o soul e o funk são sonoridades recorrentes na sua música, daí as suas malhas serem muito boas se quisermos pôr a malta a dançar.

Aqui ficam alguns dos clips que fizeram história:

Me, Myself and I



Say No Go



Eye Know



Ring Ring Ring (Ha Hey Hey)

O Inverno e Eu


Vou juntar-me aos românticos que têm aclamado a meteorologia dos últimos dias. Quanto à descrição das circunstâncias, essa já está vista e revista, pelo que me limito a repeti-la: frio, chuva, casa, lareira, manta pelos pés, chá no bule.

O meu contributo para esta pax caseira é musical: Ella and Louis (1956) - Ella Fitzgerald e Louis Amstrong a aquecerem-nos a alma. É o disco por excelência para ficar no aconchego do lar (quando temos a sorte de o ter...).

Stompin' at the Savoy

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Para gregos e troianos



Camané canta amanha no Coliseu do Porto. Já o vi algumas vezes mas amanha não vou deixar de o ir ouvir. É sempre um prazer e uma intimidade pujante que só sente quem está lá.

Mas é por sábado que espero com maior curiosidade. Na Casa das Artes de Famalicão actua o cabo-verdiano Tito Paris. Ouçam o Acústico (2007) e depois pensem se não gostariam de ir ouvir a dengosa morna... E dançar! Ah!, como adoraria dançar a morna... Como canta o Seu Jorge, bota no swing!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

fazendo da música um tabuleiro de xadrez



How about a game of chess? (2005) é o segundo disco que aqui toco de Marc Mac (aka 4Hero). Depois desse visioneers - dirtyoldhiphop (2006), este é outro repertório fabuloso onde o Hip Hop veste a pele de anfitrião e recebe os distintos convidados chamados Soul, Breakbeat, Trip Hop e Jazz. Deste amistoso convívio resulta uma fotografia de grupo onde cada elemento faz reflectir a sua personalidade no resultado final: emoção, sedução, boa disposição, esperança, chill out, amor... A lista de adjectivos alegres e positivos não é à toa: talvez apenas a faixa 15, Angels tune, apresente um registo mais blue.
À semelhança de visioneers - dirtyoldhiphop, este é um disco que gosto do princípio ao fim. Sem excepções.

Curiosidade: a faixa 14, No Bread No Peace, dá já um cheirinho dos títulos de música revolucionários que abundam no seu disco de 2006 - It's Right to Be Civil.

Tal como quando aqui toquei visioneers - dirtyoldhiphop, continuam a ser pouquíssimos os clips de Marc Mac no youtube. Fica pois uma faixa desse disco.

The World is Yours

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

watch out...*

Amanhã, sábado, a partir da meia noite irei estar a pôr música na festa Erasmus da residência universitária situada na Rua do Breyner, número 262.
Para quem não tiver planos, fica o convite. A sonoridade andará obviamente à volta daquilo que por aqui escrevo.

*THE BREAKS !!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Maturidade,

o mais recente album de NBC (ao qual já fiz a minha vénia), será apresentado ao vivo na cidade Invicta, dia 7 Dezembro, no Plano B. NBC no mic e Os Funks no backstage instrumental.
Para amantes do soul e do funk, e especialmente para aqueles mais desconfiados do hip hop, esta é uma oportunidade para descobrirem e apreciarem um belíssimo disco. Para os já familiarizados com o trabalho de NBC, é um concerto imperdível.
Lá nos vemos!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Capas - Anthology (1999)



É-me difícil escolher uma capa de disco dos A Tribe Called Quest. Se pesquisarem perceberão porquê.
De qualquer das formas, a escolha acaba por recaír em Anthology (1999). Como desta rubrica pretendo essencialmente contemplar e apreciar uma imagem, por regra não me vou debruçar sobre o disco em si.

P.S. 1 - Isto não invalida que volte a colocar outras capas de disco dos ATCQ. :)
P.S. 2 - Coisas que não interessam a ninguém: esta imagem é a que tenho definida como ícone de utilizador no windows.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Estado de Necessidade



Precisava de dizer isto. Tive a ouvir o primeiro disco do Prince: For You (1978). É o verdadeiro rythm and blues - o tão hoje malfadado R'N'B.
Isto sim, é rnb! Amor e Sensualidade para dar e vender... taaão bom!

domingo, 16 de novembro de 2008

Filho do Homem negativo, eh eh eh!



Estávamos em 1995 e os Kussondulola lançavam o primeiro disco de reggae em português. Foi o que bastou para o angolano Janelo e companhia imortalizarem temas como Dançam no Huambo (muuuito groovie!), Perigrosa, Fizeram tudo, Guerrilheiro ("Assim como Deus fez a terra, Assim como Deus fez o mar..."), Jovem do Prenda, Naty dread looks (quem é que sabia o que era um "naty dread" à época?!) ou Assassineta.

Para os mais atentos, esta é a primeira vez que um registo reggae/dub toca por aqui. E não é à toa. É que hoje em dia o jah-babilónia-reggae torna-se por vezes insuportável. Por um lado, precisamente pelas letras não falarem de outra coisa a não ser do metafísico e, pior, banalizado, jah; por outro, porque a musicalidade ou é foleira, perto do pimba, ou então é de uma monotonia que é tiro certo para dormir.

Ora com este grande disco dos Kussondulola, o reggae surge-nos animado e altamente dançável, sem prescindir de momentos em que o dub dá um toque mais smooth. No que à lírica diz respeito, Janelo comunica com mensagens muito claras, muito terra a terra se quisermos. Bastante comoventes, por vezes. E diversas: consciência social e humanitária, alusões nostálgicas a Angola e África, celebrações do dia a dia, o Amor e a Mulher, entre outras.

Para os fans do reggae, em português ou não, este é um disco de grande valor. Não só pelo valor histórico e simbólico, mas também pela excelente música com que somos brindados. Pessoalmente, um disco de grande valor porque é a dançar que eu gosto de curtir reggae. Mas gostos são gostos!

P.S. - Há melhor cumprimento do que "Tá-se bem"? Para mim é quase uma filosofia de vida...

Dançam no Huambo



Kussondulola site oficial
Kussondulola MySpace

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Capas

O SS passa a contar a partir de hoje com uma nova rubrica (a par dos Improvisos), e isto por culpa dos Strokes. Apesar de nem ser uma banda de que goste particularmente, a verdade é que quando estava com o disco Is this it (2001) nas mãos, veio-me à cabeça a ideia de aqui ir deixando algumas das capas de cds de que mais gosto. Seja pela sua excentricidade, invulgaridade, beleza, simplicidade, ....
Já agora, se por acaso alguém tiver paciência para perder uns minutos, o que acham que uma capa de um disco, apenas a capa, pode dizer do seu conteúdo musical?

Para primeiro número desta rubrica fica pois esta poderosa imagem:

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nós somos iguais... Vá lá, vá lá...



Beats Volume 1 (2002) é, arrisco-me a dizer, dos albums mais belos e ecléticos que a música portuguesa conheceu neste ainda curto século XXI.
Sam the Kid constrói um puzzle melódico onde a nostalgia, o amor e a saudade se entrecuzam de forma sublime. A estória deste album é particularmente interessante, dado que Sam o projectou baseado em momentos e relatos da sua vida e da de pessoas da sua família, especialmente no que diz respeito à história de amor entre os seus pais.
Para os amantes do soul e do trip hop, este é um disco obrigatório. Não incluo o hip hop pois o registo é todo ele instrumental, embora alguns beats revelem a rítmica própria do rap.

Sam the Kid - Alma Gémea (embora a qualidade video não seja a melhor, não deixem de ver este tão simples quanto terno mosaico de sentimentos...)



Para quando um volume 2?

domingo, 9 de novembro de 2008

What would you do if you were the President?

Mos Def, Murs e Wyclef Jean dão as suas respostas...





sábado, 8 de novembro de 2008

Improvisos - Ornette Coleman

Em homenagem ao grande Coleman a que ontem fui assistir no Coliseu, deixo pela primeira vez nesta minha rubrica um improviso não-vocal mas instrumental.

Ornette Coleman @ Rome, 1974 (o free jazz a ecoar no free Portugal...)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Renascimento (?) de 2008



Aí está!
Q-Tip, qual figura messiânica, volta oficialmente depois de Amplified (1999). Embora pelo meio tenha composto outro disco (Kamaal The Abstrasct, 2002) que por divergências com a editora acabou por não ser lançado no mercado.
Para quem este nome lhe seja alheio, cabe dizer que Q-Tip formou com Phife Dawg e Ali Shaheed Muhammad um dos grupos mais emblemáticos da história do Hip Hop. Os A Tribe Called Quest são apelidados, a par de alguns outros grupos, de criadores do "rap alternativo". Não percebo muito bem o que querem dizer com isto. Mas creio ser comum da onda rotuleira de hoje em dia. Mas bem, para todos os efeitos, alternativos ou não, os ATCQ têm história e música que falam por si. Trouxeram o jazz ao hip hop; levaram o hip hop ao jazz. Trouxeram a poesia ao hip hop; levaram a poesia ao hip hop. Trouxeram a consciencialização político-social ao hip hop;... e o resto já sabem. Só mesmo escutando!

Hoje em dia Q-Tip é um ícone da música norte-americana, colaborando com figuras do jazz, do hip hop, do rnb, do soul ou até na cena electrónica (veja-se Q-Tip em Galvanize dos Chemical Brothers).

Quanto a The Renaissance, confesso que não é um album que me deslumbre. Nem perto disso. Boa música, é certo, mas sem trazer nada de novo, na minha opinião. Q-Tip mantém o seu estilo inconfundível (provavelmente a voz do rap mais sexy da América) acompanhado de uma sonoridade que já conhecemos dos seus trabalhos anteriores: hip hop, rnb, soul. Tudo muito melodioso. Mas nada acrescenta ao que foi feito antes. Daí o termo "Renascimento" perder um pouco o seu sentido, no que a música propriamente dita diz respeito.
Conclusão: um bom disco e pronto.

Getting Up



Q-Tip MySpace

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A Life in the Day



of Experimental Music, assim se poderia chamar o segundo disco de Soweto Kinch, segundo disco também por aqui comentado deste inglês.
A Life in the Day of B19 - Tales of the Towerblock (2006), é um disco muito... marado. Se não conhecermos Kinch e ouvirmos pela primeira vez este seu registo, poderíamos ser levados a pensar que o inglês havia reunido os seus amigos com o objectivo de tocar jazz e experimentar umas cenas.
Se no seu disco de estreia (Conversations with the Unseen, 2003), é facil dizer isto é Jazz!, neste Tales of the Towerblock, seria errado fazer um juízo semelhante. Porque erradamente simplista.
Ok, tudo bem, o background é jazz: baixos, trompete, guitarras, bateria, sax. Mas esperem... o que é aquele rap todo? Ou aquelas conversas non-sense? E aqueles sintetizadores estranhos?
Pois! Se no seu disco anterior, só havíamos ouvido Kinch a rappar em momentos pontuais tendo o sax como expressão predominante, neste segundo registo, o músico pousa mais vezes o seu intrumento de eleição e dedica-se à arte da spoken word. No rap mais clássico, mas também no freestyle. E ainda (!) no beatbox (Everybody raps).
A Life in the Day of B19 - Tales of the Towerblock tem, a meu ver, o seu quê de surrealismo. Quer no rap de Kinch, quer na atmosfera sonora, há momentos de puro delírio. Esoterismo aos montes. Veja-se neste sentido as faixas 10.30 Appointment, Ridez, Padz, So! e Who Knows. Jazz mais tradicional em The Mission, Adrian's Ballad (esplêndida!), Marcus's Crisis, A Friendly Game of Basketball (adoro este título!), The House that Love built (e este!). O cruzamento de tons electrónicos e do hoje tão explorado breakbeat exponenciam ainda mais o ambiente quase-alucinado do reportório.
Ouvir este disco é uma viagem. Uma experiência de sons e imagens. Apertem os cintos!

Chris May no AllAboutJazz.com:

British saxophonist Soweto Kinch polarised opinion to the max in 2003, with his jazz 'n' hip-hop debut, Conversations With The Unseen (Dune). Many older listeners hated it, regarding it as a betrayal of tradition of Judas-like proportions. Younger, more inclusive listeners loved it, welcoming it as, simultaneously, a reconnection with jazz's long-lost roots in urban street culture and a way forward into a brighter and more vigorous future. The battle lines weren't wholly characterised by age and anticipated prejudice, however. The great, conscious rapper KRS-One loved Kinch's music and gave him a support slot on tour. More surprisingly, perhaps, Wynton Marsalis professed to like it too. The New York Times, admittedly not the newspaper of choice for most rap fans, thought Kinch could teach the US a thing or two about narrative rap. And the album picked up a string of awards, the most prestigious of which was Album Of The Year in the Mercury Music Prize.

A Life In The Day Of B19: Tales Of The Towerblock, is likely to fan the flames of dispute even harder. As Kinch has it, Conversations was concerned with taking hip-hop to the jazz audience, while B19 is about taking jazz to the hip-hop audience. There is, consequently, an even closer focus on rap, narrative and jazzoetry, alongside more of Kinch's visceral, high octane take on post bop.

Kinch's core quartet—bassist Michael Olatuja, guitarist Femi Temowo, drummer Troy Miller, and the leader on saxophones and keyboards—bring together such diverse influences as Charlie Parker, Ornette Coleman, Stevie Wonder, Charles Mingus and Duke Ellington with energy and high style.

It's all, very nearly, a major masterpiece. And there's more to come. B19 ends with one of the characters finding something unexpected and dramatic in the basement (we're not told what). Next spring, Kinch will release part two of the story, Basement Fables, and we'll find out whether that something is a path to danger or a path to salvation—or neither, or both. Whatever it turns out to be, bring it on.

America



Por mais produtiva e prolixa que seja a lista de (pretensos ou não) intelectuais críticos de tudo e mais alguma coisa nos EUA, eu prefiro não me esquecer que é deste maravilhoso país e deste maravilhoso povo que já nos chegaram algumas das maiores preciosidades que o Homem conheceu. Na literatura, no cinema, no teatro, na ciência... na música.

Especialmente pela música, este blog não se pode deixar de associar ao optimismo e vontade que corre em cada palavra de Barack Obama. Assim sendo, aqui fica uma selecção de alguns clips cuja carga simbólica e mensagem aguardam por uma resposta da nova administração americana. Rap time por excelência.
Stand up Brothers and Sisters!

Tupac Shakur - Words of Wisdom (para ouvir com atenção...)



Gangstarr - Code of The Streets



Dead Prez - Hip Hop



Immortal Technique - Tell the Truth (com Mos Def e Eminem)



Non Phixion - The CIA is trying to kill me



Public Enemy - Fight the Power



Common - A Dream

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Yes, we got it!!



Senhores e Senhoras, Mr. Something Else!!! dias 5 e 7 Novembro, em Lisboa (Aula Magna) e no Porto (Coliseu).

We got the jazz!



PROGRAMA
GUIMARÃES JAZZ 2008

Quinta-feira, 13 de Novembro – 22h00
Kurt Elling Quartet
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço:
1ª Plateia - €20,00/€17,50 c/ desconto
2ª Plateia - €17,50/€15,00 c/desconto

Sexta-feira, 14 de Novembro – 18h00
Big Band ESMAE conduzida por Marcus Strickland
Guimarães Jazz
Pequeno Auditório
Entrada Livre (até à lotação da sala)

Sexta-feira, 14 de Novembro – 22h00
Steve Coleman and Five Elements
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço:
1ª Plateia - €20,00/€17,50 c/ desconto
2ª Plateia - €17,50/€15,00 c/desconto

Sábado, 15 de Novembro - 17h00
Ben Monder, Matt Pavolka, Peter Rende, Alexandre Frazão, João Moreira
Projecto TOAP/Guimarães Jazz
Pequeno Auditório
Preço: €5,00

Sábado, 15 de Novembro - 22h00
Django Bates and storMCHaser - Spring Is Here (Shall We Dance?)
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço:
1ª Plateia - €20,00/€17,50 c/ desconto
2ª Plateia - €17,50/€15,00 c/desconto

Quarta-feira, 19 de Novembro - 22h00
Marcus Strickland Quintet
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço: €7,50/€5,00

Quinta-feira, 20 de Novembro - 22h00
The Cookers
Lee Morgan 70th Birthday Celebration
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço:
1ª Plateia - €15,00/€12,50 c/ desconto
2ª Plateia - €12,50/€10,00 c/desconto

Sexta-feira, 21 de Novembro - 22h00
Kenny Barron Trio
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço:
1ª Plateia - €15,00/€12,50 c/ desconto
2ª Plateia - €12,50/€10,00 c/desconto

Sábado, 22 de Novembro - 22h00
Metropole Orchestra conducted by Vince Mendoza
Guimarães Jazz
Grande Auditório
Preço:
1ª Plateia - €20,00/€17,50 c/ desconto
2ª Plateia - €17,50/€15,00 c/desconto

Assinatura Guimarães Jazz 2008
Todos os espectáculos: 80,00€

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Are we ready by now? - Tupac Shakur e os EUA



I see no changes. All I see is racist faces.
Misplaced hate makes disgrace for races we under.
I wonder what it takes to make this one better place...
let's erase the wasted.
Take the evil out the people, they'll be acting right.
'Cause mo' black than white is smokin' crack tonight.
And only time we chill is when we kill each other.
It takes skill to be real, time to heal each other.
And although it seems heaven sent,
we ain't ready to see a black President,
It ain't a secret don't conceal the fact...


Changes, Tupac Shakur

Musicalmente falando, a música foi composta na época social conscience por excelência de Tupac - primeira metade da década de 90 onde encontramos 2Pacalypse Now (1991) e Strictly 4 My N.I.G.G.A.Z. (1993). O "That's just the way it is!" que ouvimos é samplado de The Way it is, de Bruce Hornsby and the Range. É um clássico de sempre do Hip Hop e símbolo deste como instrumento de consciencialização social e política. Como forma de luta e emancipação do ghetto. E o clip puxa a lágrima....

Tupac, rapper, poeta, activista e um ávido leitor de Maquiavel (pois...) diria isto ("We ain't ready to see a black president") nos anos 90, com toda a carga simbólica que daí se depreende. E agora, estamos prontos? E o que trará isso? Tupac já não estará aqui para nos dizer...
Esperemos que sim, esperemos que Tupac já não tenha razão, esperemos que se operem... changes. Até amanha!

domingo, 2 de novembro de 2008

O Sr. Hollywood


Rarities (reunião de faixas antigas lançada em 2004) é um dos poucos discos editados do DJ Hollywood, dj em grande plano nos anos 70 e responsável pelos beats loucos carregados de funk, rock e electrónica kraftwerkiana que reinavam à época no Hip Hop. Com ele trabalharam nomes como Grandmaster Flash ou Donald D, embora nas Rarities que aqui apresento o trabalho seja sempre a solo.
É música de genuína celebração. Letras bem-humoradas e descontraídas aliadas a beats tão oldschool quanto melodiosos originam um disco maravilhoso para pôr uma multidão a dançar. Que curtição seria tocar To whom it may concern, Love in the afternoon (a fazer lembrar Run DMC), Hollywood's message ou Back from the dead numa festa. Ou então observar b-boys e b-girls ao som de Check out the avenue!

Ah... Hollywood tem hoje 54 anos e está bem mais gordo do que na capa do disco!

Shock Shock the House