quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O Renascimento (?) de 2008



Aí está!
Q-Tip, qual figura messiânica, volta oficialmente depois de Amplified (1999). Embora pelo meio tenha composto outro disco (Kamaal The Abstrasct, 2002) que por divergências com a editora acabou por não ser lançado no mercado.
Para quem este nome lhe seja alheio, cabe dizer que Q-Tip formou com Phife Dawg e Ali Shaheed Muhammad um dos grupos mais emblemáticos da história do Hip Hop. Os A Tribe Called Quest são apelidados, a par de alguns outros grupos, de criadores do "rap alternativo". Não percebo muito bem o que querem dizer com isto. Mas creio ser comum da onda rotuleira de hoje em dia. Mas bem, para todos os efeitos, alternativos ou não, os ATCQ têm história e música que falam por si. Trouxeram o jazz ao hip hop; levaram o hip hop ao jazz. Trouxeram a poesia ao hip hop; levaram a poesia ao hip hop. Trouxeram a consciencialização político-social ao hip hop;... e o resto já sabem. Só mesmo escutando!

Hoje em dia Q-Tip é um ícone da música norte-americana, colaborando com figuras do jazz, do hip hop, do rnb, do soul ou até na cena electrónica (veja-se Q-Tip em Galvanize dos Chemical Brothers).

Quanto a The Renaissance, confesso que não é um album que me deslumbre. Nem perto disso. Boa música, é certo, mas sem trazer nada de novo, na minha opinião. Q-Tip mantém o seu estilo inconfundível (provavelmente a voz do rap mais sexy da América) acompanhado de uma sonoridade que já conhecemos dos seus trabalhos anteriores: hip hop, rnb, soul. Tudo muito melodioso. Mas nada acrescenta ao que foi feito antes. Daí o termo "Renascimento" perder um pouco o seu sentido, no que a música propriamente dita diz respeito.
Conclusão: um bom disco e pronto.

Getting Up



Q-Tip MySpace

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