sábado, 31 de outubro de 2009

uh uuh yeaah

I can't go for that (No can do)


... é o que apetece murmurar enquanto nos deixamos entrar nesta atmosfera de sensualidade... Um bom "funk de semana" para todos!

videoclip propriamente dito aqui.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

remember me?

Escutei ontem à noite a ser tocado por um rapaz que trabalha na RUC (Rádio Universidade de Coimbra) e logo lhe perguntei com os olhos muito abertos: o que é isto??
Fiquei entretanto a saber que esta faixa foi um dos grandes sucessos nas pistas de dança dos anos 90... o proverbial "grande malha!" tem aqui total aplicação.

Remember me... I'm the one who had your babies


(o clip também é muito bom)

este sábado, no Porto,

a rota da noite, para quem gosta de hip-hop, é muito simples: DEALEMA no Porto Rio e depois DJ Ride no Plano B (sendo que este último atrairá com certeza muito público além-hip-hop).
Vemo-nos por lá!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para quando?...

Já há mais de dois anos que ando com imensa água na boca por causa deste projecto. E de cada vez que revisito o cheirinho ofertado ("Dá-me 1 Sinal"), o apetite é maior e maior. "Dá-me 1 Sinal" é uma faixa de produção refinadíssima (taaanta soul!) e onde Maze põe palavras de sedução com a simplicidade dos melhores "palavreadores".
Li, há uns tempos, no myspace do Ace (Mind Da Gap) que em virtude de um crash no seu pc, muita da produção discográfica em que andava envolvido foi ao ar. E nesse texto, a propósito dos ficheiros irrecuperáveis, Ace fala de um "álbum do Maze"...
Pergunta: foi o álbum dos SUB_VERSO? Se sim, o que é feito do projecto? Está a ser reconstruído? Vai chegar a ver a luz das montras? Quando? Em breve ou nem por isso?
A quantidade de perguntas é proporcional à vontade de correr em direcção a uma loja e devorar esse disco do princípio ao fim...

ADENDA: Numa segunda leitura do texto do Ace, registo que o álbum a que Ace se refere seria de Maze, sim, mas a solo. Ou seja, uma parte do texto acima perde sentido. Todavia, a parte mais importante (a central, na verdade), mantém-se: para quando o álbum dos SUB_VERSO? O que é feito?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

isto é muito bonito...



Uma das mais belas odes ao Hip-Hop (musical e filmicamente). Doce, doce, doce...

[Norah Jones:]
Life's filled with graaaay...
But now, it comes clean...
Leaves fall, awaaaaaay...
Hip-hop is playing again
And it's bangin, toooo...
Know it's bangin, for you...
Don't stop this feeling I feel...
I just wanna lay around all day
And feel the breeze upon my knees
I'm so INTO your rich history...
Tell me a story to taaaake me away...
Come and take meeeeee, ooooooh...
Come and take meeeeee with yooooou...

[Chorus x4: Norah Jones]
Life is, better
Now that, now that I found you
Life is, better
Now that, now that I found you

originalmente publicado aqui.

miles ahead of the game


Tão bom, na minha opinião, como o mítico Kind of Blue de dois anos mais tarde (1959).
Oiça-se New Rhumba (faixa 7 do disco).

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

3 filmes diferentes, 3 boas bandas-sonoras

A propósito de alguns filmes que se têm falado por aqui:

La Notte (Antonioni, 1961), por Giorgio Gaslini:


Blow-Up (Antonioni, 1966) por Herbie Hancock:



Chungking Express (Kar Wai Wong, 1994):



Música para todos os gostos: jazz, rock, pop, electrónica.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

hip-hop, streetwear, moda, Brooklyn

"Chioma Nnadi, style editor of New York-based music and fashion magazine the Fader, tells us how Brooklyn took over from the Bronx as the city's rap powerhouse and helped hip-hop style to become a major force in youth fashion".*

Porque o dito streewear está mesmo em todo o lado.... do mais chunga ao mais beto, do mais alternativo(?) ao mais banal. Acredito inclusive que o fenómeno é de tal forma planetário e curioso que dava pano para mangas a alguém que pensasse em fazer uma tese sociológica sobre o assunto.

*Com os devidos agradecimentos ao meu bro de Aldoar (também conhecido por Querido Chefe). :)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Seada

O Seada (pronuncia-se "sida"), além de mc, estudou na mesma escola que eu e rappou em palcos ao lado de amigos meus. A ele, pessoalmente, nunca o conheci. Apenas ao irmão, também ele um amante de música rap (props, Pipas!).
Quanto ao Seada, desde que descobri o seu myspace que me apaixonei pelos seus beats e pelos seus versos. Desde então que me vinha a interrogar: para quando o momento do justo reconhecimento deste mc no panorama do rap português? De quando em vez, lá aparecia ele em colaborações circunstanciais de myspace, em mixtapes muito underground, num ou noutro concerto. Parece-me que as atenções só agora nele se retiveram, com o clip que abaixo fica.
O que posso dizer é que fico muito satisfeito pelo hip-hop português poder agora conhecer em pleno um valor como este; e muito feliz por ele, que há tanto tempo anda no underground a produzir e compôr letras como poucos.
Parabéns!

Seada ft. Dino & DJ Nelassassin - Taxi! (faixa da compilação Best Off)


A propósito, a letra acima no clip nem é aquela, do seu repertório, que mais me agrada. Há outras coisas belíssismas, que podem ser encontradas no seu myspace. Fica um excerto da faixa "Quando produzo o meu jazz":

"Também tenho febre e escrevo
o meu diário cheira a novo
de páginas velhas a anos
à espera de ser estreado
poucos
foram os instantes
é frustrante tentar falar* de mim fluentemente
sabendo que nunca o fiz antes

Cabelo despenteado
uma mente genialmente estragada
num corpo atarracado
Genuinamente falso
porque eu quero ser feliz
obrigo-me a ser outro
para que gostem mais de mim

Talvez seja mentira
mas escrevo
pelo sim, pelo não
talvez um dia perca o medo
sempre foi o meu segredo
mas nunca o escondi
se fiz com que nunca me entendessem
foi porque nunca disse isto assim...

Eu nunca quis ser assim
sempre foi mais fácil
dizer de forma confiante
que tinha defeitos
e respondiam-me
"mas quem não os tem"?

ser o primeiro a confidenciar
com aquele ar desinibido de auto-controlo
que fica sempre bem...."

(Métrica construida livre e descomprometidamente por mim e que, por isso, não corresponde à original. Se falo pela segunda vez nesta questão, é porque, de facto, considero fundamental esse aspecto para a estética e para a própria fonética do poema).

* Não estou certo quanto ao termo "falar".

sábado, 3 de outubro de 2009

provedor do leitor

Neste site (a que cheguei por via de links e mais links), na secção "Blog", aparece o artigo "Onde anda?" como "escrito por Sin" no dia 2 de Junho. Mais abaixo, quando se clica em "Read full article", vem-se dar aqui, ao SS.
Não sei quem é "Sin" (apenas que escreve nesse site), nem quem gere o site. O que sei é que o texto é da minha autoria, publicado aqui dia 29 de Maio.

"velhos querem ser novos, novos querem ser velhos"

José Mário Branco disse há uns tempos que tinha sido ele "o primeiro rapper português".
Vitorino afirmou que se hoje começasse a fazer música, seria rap.

Hoje soube pelo blog do Valete que o seu próximo disco (Homo Libero) terá a colaboração de José Mário Branco. Esse mesmo.
O rap português só pode estar em festa... e a música portuguesa idem!
Espero que este seja o início de um longo caminho de colaboração entre uns e outros.

A Palavra. Em português.
Esse é o caminho!

tell me how


Anda nas bocas do mundo (leia-se do meio blogosférico) e não é a despropósito.
How I Got Over é o novíssimo álbum dos The Roots com data de lançamento para este mês. Depois de Rising Down (2008) - disco que pessoalmente não me me agradou particularmente, como podem constatar aqui - o single "How I Got Over" promete o regresso a um registo mais próximo de álbums memoráveis como Organix (o primeiro da banda, em 1993) ou Do You Want More?!!!??! (1994).
Com este seu nono (!) álbum, os The Roots consolidam-se como uma das bandas mais prolíficas de sempre na história do hip-hop. Aliás, mesmo comparativamente com MC's a solo, não são muitos aqueles com nove discos no cartão de visita - muito menos nove discos com a qualidade dos deste pessoal de Philadelphia. Pois bem... venham mais e mais! :)



P.S.: Alguém sabia que o Black Thought (também) cantava? E que bem que ele canta...

Tão longe, tão perto

A primeira vez que ouvi esta letra foi sob a forma de spoken word, num dos clips gravados no festival Silêncio!, em Lisboa. Fiquei estonteado...
Há tempos, descobri-a no myspace do Sam. Aqui fica.



Como uma música nos pode dizer tanto...

Eu já não penso tanto, fica nesse canto
enquanto eu bazo a procurar um vaso em que eu plante
um amor distinto com afecto mesmo estando distante,
ela diz que ama ao longe, de perto não me diz tanto

(...)

Quem é que nos induz a querer saber quem usa quem
desde que eu compus a "Musa" não há ninguém que seduza bem
tou a dar pala, agora a gente quando se cruza nem
se fala nem se fila nem se rala nem se tem
um clima calmo, um clima sem
novela, foi o que eu senti nela
uma indiferença falsa que era sentinela

Podia ser actriz, como a Beatriz
porque ela afasta o meu dedal mas chega ao final e diz
"Não me deixes!"
Amor, não te queixes,
"Amor, não me beijes!"
mas amor, não te vejo...

(...)

nota: A métrica original não é provavelmente esta, nem fui eu que a modelei ao transcrevê-la para aqui (salvo algumas transformações, como acrescentar aspas e uma ou duas vírgulas). Foi simplesmente a que consegui encontrar neste sítio. Isto para dizer que a métrica aqui presente, além de não corresponder à música cantada, não é esteticamente a melhor. Longe disso.