sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Elementary, my dear Watson!


Foi um dos guitarristas mais requisitados por todos os nomes grandes da soul e do funk norte-americanos, desde Marvin Gaye a Barry White, dando ainda uma mãozinha a monstros do jazz, casos de Herbie Hancock ou Pharoah Sanders. A sua guitarra e o seu muito próprio "wah wah sound" está presente numa catrapada de grandes álbums da história da música - pensemos apenas em Let's get it on (Marvin Gaye) ou Off the wall (Michael Jackson) para termos uma noção da coisa.
A solo, tem apenas um álbum em nome próprio: Elementary (1976). É pouco? É. Mas a sua qualidade chega para nos dar uma imagem do músico que é Wah Wah Watson (nascido Melvin Ragin).
Em entrevista à Wax Poetics dos passados meses de OUT/NOV, Kurt Iveson desvenda um pouco do homem-sombra de grandes momentos da música negra norte-americana, apontando nesse sentido 5 ideias-chave para se compreender a dimensão de Wah Wah. Passo a enunciar: um "vocabulário rítmico" muito próprio ("he's constantly doodling"); a forma como soube fazer uso de novas tecnologias (samplers e synths, por exemplo); a execução, a habilidade, a técnica, os skills; o "feeling" com que toca; e o último - o que me interessa pela sua peculiaridade - o marketing, o business. Sobre este, em especial:

Wah Wah summed up his strategy like this: "I'm the bone looking for the dog, not the doog looking for the bone. (...) It's like, if you see someone you like, don't rush in there. You gotta be real casual, dog... That way, you'll make her want to come to you. Are you with me?". His point is that getting session dates is a little like getting the other kind of dates. Act like you need the work, and it just won't come. Come on too strong, and you're likely to get the bursh off.


Naif? Pretensioso? Para quem faz um disco como Elementary... compreende-se!

Goo Goo Wah Wah



Bubbles


Together (Forever)


Love ain't something

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