terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

distracções


Creio não estar a dizer nenhuma asneira se afirmar que uma das (infinitas) virtuosidades da Música é distrair o ouvinte. Para o bem ou para o mal, despertando-nos um sorriso cheio ou absorvendo-nos em pensamentos mais depressivos, a Música tem esse poder: distrair, transportar, remeter para.
Ora o disco que hoje por aqui toca chama-se justamente Distractions (2006). O criador é o trompetista americano Roy Hargrove (com a banda The RH Factor), músico de formação em jazz, digamos, mais tradicional, e que tem vindo a pisar os terrenos ecléticos da neo-soul, do acid jazz e do hip hop.
Distractions transporta-nos então para um jazz que alia à sua faceta mais clássica toques inovadores aqui e ali: nas vozes melosas da soul e do rnb (veja-se, por exemplo, a voz de D'Angelo em Bullshit); na secção rítmica, com os drums bem acelerados a puxar ao funk; ou, ainda, o scratch (em Bullshit) e o vocal computarizado em Can't Stop.
As minhas distracções preferida deste disco são Crazy Race (com Renee Neufville), On the One, Family e Hold On.

Aqui fica Crazy Race, tocado ao vivo no Jazz Open Stuttgart 2005:


E Hold On no North Sea Jazz Festival 2005:

Sem comentários:

Enviar um comentário

scratch(s)