sábado, 24 de janeiro de 2009

E como a barrinha do lado direito já tem portugueses a menos...



... é altura de tocar um belo disco, de uma bela artista e de uma bela mulher. Talvez quem se recorde do Chuva de Estrelas de 1994 e não tenha desde aí seguido a carreira de Sara Tavares, desconfie da sua música hoje. Pura ignorância.
Balancê (2005) é, como lhe ouvi dizer um dia, "um regresso às origens". Cabo-verdianas, no seu caso. Mais que um regresso, é o testemunho de uma viagem. Ora como em qualquer viagem, as recordações dos odores, sensações e pessoas ficam na memória. Depois, com o tempo, vão dissipando-se umas, avivando-se outras. Nesta viagem não se quer deixar dissipar nada...
E além do regresso, é também uma partida. Uma partida para o que nos rodeia, para as nossas vivências, para o futuro também.
A música é o balancê que sobe e desce; vai e vem... no tempo e na vida.

Participações do Melo D (Poka Terra) e da fadista Ana Moura (De Nua).

É vulgar rotular-se a música de Sara Tavares como world music. Eu não o faço porque esse parece ser agora um saco quase tao grande como o do Pai Natal em que dá para pôr tudo e mais alguma coisa. Sem dúvida que em muitas situações os rótulos se justificam e são úteis. Mas quando não há critério, vulgariza-se e desprestigia-se o artista e a própria música. Por tudo isto eu encaixo a música de Sara Tavares em boa música, o que evidentemente não exclui um conjunto de géneros mais ou menos definidos.

(totalmente) Fora de contexto: Não é ela muito parecida fisicamente com a Lauryn Hill?

Balancê


Bom Feeling (ao vivo)


One Love (ao vivo)


Amor é (só música)

1 comentário:

scratch(s)