terça-feira, 27 de janeiro de 2009

rap nuestro hermano (II) quase meio ano depois


Já por aqui a agulha caiu em belos discos de rap espanhol: na altura ouviu-se três grandes registos de Frank T. Na altura apontei outros bons nomes da cena espanhola, casos de Mucho Muchacho, El Payo Malo ou os Violadores del Verso. Estes últimos, aka Double V, sem dúvida o nome mais sonante.
Ora há uns dias, uma amiga minha galega deu-me a conhecer uma prestigiada rapera. Chama-se Mala Rodríguez (que confuso que isto soa) e é dona de um rap assanhado q.b. Pessoalmente, desde que oiço hip hop nuestro hermano, sempre gostei muito da sonoridade dos versos na língua espanhola. Mas conheço quem não goste nada... A verdade é que gostar de rap espanhol passa muito por aí, pelo gosto de ouvir o trauteado animado dos espanhóis. Eu sempre gostei muito da língua em si, pelo que também se deve a isso o meu apreço...
Bem, voltando à Mala, fui procurar o seu primeiro disco: Lujo Ibérico (2000). É um disco de hip hop puro e duro: beats fortíssimos (o boom bap cru) com samples da nova (boa) escola (muita electrónica, fundamentalmente). A particularidade em Mala é que além de rappar com classe, também canta muito bem. O que não se vê em todos os rappers.
Liricamente, Mala oscila entre o discurso descomprometido e o de intervenção social. Isto num palavreado de uma mulher que controla... muito patroa, portanto. De Lujo Ibérico, escolho Tengo un trato, En mi ciudad hace caló (com Kaseo), Yo marco el minuto, El Gallo e A Jierro como as minhas preferidas.

Hombre mudo antes que ciego
ya se que pedir socorro no vale pa na'.
Pedir barril, haz el favor, pide uno lleno.
Lo mejor significa, barre tu terreno
y si hay que soñar, pues sueño
son misiones en el suelo,
asi piso el suelo,
asi me quito el velo,
a ti lo que yo mas quiero


Tengo un trato

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